De engenho a cidade: a casa de Maria Amazonas e a história pouco conhecida


Hoje, no 'terreiro' do Engenho, existe o Parque da Cidade, bastante frequentado por moradores locais.
Foto: Rafael Santos/BorAlí
O rosa imponente do casarão na entrada da cidade já virou marca registrada de Camaragibe. Só de passar pelo local já vem aquela sensação: "Ufa! Estou em casa". Mas, infelizmente, nem todos os moradores sabem o que há por trás da edificação e limitam-se a conhecê-la apenas como: 'A Casa de Maria Amazonas'.

Não é difícil que, na correria diária, parte importante da cidade passe despercebida.
Foto: Rafael Santos/BorAlí
A história do casarão é antiga, vem desde 1549, quando o comerciante judeu português Diogo Fernandes o ergueu como a casa grande do Engenho Camaragibe. As terras foram doadas em 1542 por Duarte Coelho de Albuquerque, então donatário da Capitania de Pernambuco.

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Maria Anita Amazonas Mac Dowell, atinga proprietária do casarão, morreu em 15 de junho de 2006, aos 98 anos. Ela viu grande parte da história recente do casarão que, totalmente diferente daquele erguido no século XVI, foi perdendo suas terras – parte que compreendia quase todo território de Camaragibe, até então um distrito de São Lourenço da Mata.

Foto: Rafael Santos/BorAlí
Celebrações Judaicas

No Engenho Camaragibe funcionava uma Sinagoga – o que no século XVI era proibido – e as escondidas, devido a perseguição religiosa, judeus de Olinda e de outros engenhos vizinhos se encontravam para as cerimonias que aconteciam no local.

Hoje, o casarão não recebe visitas regulares, apenas aquelas agendadas por escolas do próprio município.

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